quarta-feira, 14 de outubro de 2015

O Homem da Vila e Magnhild - Villemann Og Magnhild

 Havia uma pequena vila, e este era seu nome, Vila. O sol raiava durante o verão possibilitando o plantio com grande fartura. As pessoas que lá viviam eram unidas e nada temiam, pois nunca precisaram algo temer.
 A filha do chefe da vila se chamava Magnhild, e seus cabelos eram dourados como o sol e seus olhos negros e brilhantes como o céu noturno. Homens vinham de toda parte para desposá-la; ofereciam montanhas de dinheiros, tesouros inestimáveis, os mais belos cavalos e glória; mas ela sempre os negou com o pretexto que eles nunca seriam capaz de dar o que ela queria.
 Magnhild foi até a beira do rio, deitando nas raízes da mais bela de todas as limeiras que ali existiam. Ela cantou, sua voz era tão bela que o vento seguiu o ritmo da sua canção. Maravilhado com sua beleza e graça inatingíveis, um Troll que vivia no fundo do rio veio à superfície, agarrou a jovem dama a arrastando para o fundo.
 A notícia do desaparecimento de Magnhild se espalhou rápido, como as folhas no outono. Não tardou para a Vila cair em desgraça, e logo o sol começou a se esconder, trazendo o frio e a neve. As plantas não cresciam, as flores não floresciam e as arvores não davam frutos. Logo a amada vila de Magnhild estava passando fome.

 Uma onzena depois, um homem da Vila que tocava para garantir seu sustento decidiu ver seu futuro nas runas, e elas o prometeram-lhe sorte se tocasse para Magnhild. O homem da Vila foi até o rio, e nas raízes da mais bela de todas as limeiras ele sentou. Ele tocou sua harpa habilmente, e os pássaros pararam de cantar para ouvir sua música. Ele se colocou sobre o córrego, e tocou sua harpa dourada.
 Ouvindo sua canção, o Troll se ergueu das profundezas do rio. As montanhas racharam e os trovões rugiram. O homem da vila tocou com fúria, e isso tirou as forças do Troll que caiu e afundou no rio. Magnhild então surgiu e o homem da vila a tomou em seus braços. Ele a prometeu felicidade e ela o aceitou. O homem da vila tocou para Magnhild, e então as runas prometeram-lhe sorte.


quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Meu Querido Amigo Abu

Quando fiz oito anos ganhei de presente de natal um ursinho de pelúcia branco com um lacinho vermelho no pescoço, o nomeei de Abu, pois achei que combinava com seus olhos de botão. Realmente não dá para entender a cabeça de uma criança...
 Naquela noite teve peru, batatas fritas e ervilhas, minha mãe disse que não comeríamos até meu pai chegar, então subi para meu quarto e esperei. Lembro-me de estar brincando com Abu quando ouvi mamãe chorando. Desci as escadas e a vi com o rosto virado para a porta, suas lágrimas pingaram na comida, o que deveria ter a deixado com um gosto salgado. Papai ainda não havia retornado do trabalho. Fiquei na escada observando mamãe por duas horas, já era três da manhã quando ele finalmente chegou, cambaleando. Eu fechei os olhos, Abu foi quem viu tudo.
Eles gritaram, ele bateu na mamãe tanto que ela sangrou; ela tentou se defender, mas ele perfurou seu estomago de tal forma que seu “enchimento” caiu todo. Ele veio até mim, largou a faca no chão, fez carinho no meu rosto com sua mãe suja de sangue e foi embora.
Eu acabei indo para um orfanato, eu e Abu.
Nunca mais vi papai.
Sempre dormia abraçado com meu ursinho, brincávamos praticamente o dia todo, permaneci com ele durante todos os dias, horas e anos que permaneci ali. Quando já tinha dezesseis, estava sentado com Abu no banquinho do pátio, não tinha amigos, sempre falavam que eu era grande demais para brincar com bichos de pelúcia, mas ele não era um bichinho de pelúcia, ele era vivo! Ele conversava comigo todas as noites. Em uma manhã de maio, todos os garotos estavam do lado de fora, estavam removendo o corpo de Jully do poço, uma adolescente. Ela já estava quase fazendo idade para sair do orfanato e pretendia ser modelo. Os policiais levaram o zelador, algemado. Eu fechei os olhos enquanto os bombeiros removiam o corpo pálido e sem vida, Abu viu tudo, tudinho.
Quando fiz 31 anos, comecei a trabalhar num bar. Era noite, tudo o que precisava fazer era servir bebidas, ali fiz alguns amigos, conheci pessoas com problemas de todos os tamanhos. Um dia quando estava indo para casa, um deles pegou uma garrafa e quebrou na porta do bar, cravou no rosto duma bela garota que iria lá às terças e quintas. Fechei os olhos, não gostava de ver esse tipo de coisa, mas Abu viu tudo, desde quando o vidro penetrou na orbita e arrancou o globo ocular da mulher, até o momento que a ambulância chegou para levar o corpo. Deixei meu amigo escondido dentro do casaco...
Esta manhã fui ao psiquiatra, ele me disse para não conversar novamente com Abu, que na verdade as coisas que meu ursinho viu, foram todas presenciadas por mim. Que eu deveria ver “através dos olhos de Abu”. A consulta custou R$ 345,00.
Quando cheguei em casa, removi os olhos de botão do meu ursinho, e abri o zíper atrás de suas costas. Com uma linha e uma agulha costurei os botões em meus olhos, e com uma faca afiada removi meu enchimento e preenchi o espaço vago com o de Abu.
Esta ficando frio, não sinto meu corpo, não vejo nada, não consigo me mover.
Acho que consegui me tornar igual a Abu.
O psiquiatra ficará orgulhoso, talvez papai também.

O que acha, Abu?


Novos projetos, novas apostas.

 Faz muito tempo que o blog anda meio abandonado, mas acho que já esta na hora de remover as teias. Tive alguns contratempos que me afastaram, não apenas daqui, mas também dos vários projetos que desejava concluir ainda neste ano. Como a universidade entrou em greve vou aproveitar o “tempo livre” para colocar todas estas ideias acumuladas no papel.  

 Seria bom começar falando do conto “O Ultimo dos Dias”, que está atualmente em fase de revisão. Ele será publicado no formato físico e digital. A história se passa em Belo Horizonte – MG; se trata do relato de um psicólogo à beira da loucura, em busca de sua esposa em um mundo de completo caos. Ele segue em uma jornada que o fará mergulhar no mais profundo horror reservado ao recôndito da alma. 

 O resultado final me deixou bastante feliz, e espero que meus futuros leitores também gostem. Ao contrário deste, o resultado final de “Clamor Pelo Sangue - O Olho da Penumbra” não me deixou feliz, apesar de ser um livro que valeria a pena ser publicado, resolvi então reescrever todo o livro.

 Também estou escrevendo dois contos que serão publicados apenas no formato digital. O alcance que “Imperdoável” ganhou foi empolgante, ele conseguiu ficar em primeiro lugar dos mais baixados da categoria “horror” na Amazon.

 Espero que após retornar minhas aulas eu consiga conciliar a vida acadêmica, profissional, pessoal e artística; vai ser uma batalha e tanto que terei que travar, mas não pretendo abandonar nenhuma destas coisas.

Continuem seguindo o blog, logo terá mais postagens.


Abraços do tio Haseo. 

terça-feira, 30 de junho de 2015

Imperdoável, conto participante de Fragmentos.

Escrever o conto "Imperdoável", foi uma experiência maravilhosa. Esse foi o primeiro conto meu a ser publicado, o que acaba dando um carinho todo especial a ele. Participar com Imperdoável, em Fragmentos junto a vários outros artistas incríveis de Luís Eduardo Magalhães foi uma experiência maravilhosa. Logo ele estará disponível também na versão e-book na loja online da Amazon; espero que gostem!

SINOPSE

"Douglas assiste ao enterro dos seus pais, vitimados por um acidente cuja única sobrevivente foi sua irmã mais nova, Ana. Em seu âmbito de tristeza, tenta ser forte para sua irmã, que apresenta um estranho comportamento. Contudo, seu sofrimento está apenas começando.
No limite da realidade à loucura, preso entre paredes de concreto, luta para manter a própria vida e de sua irmão.

Convido você leitor a conhecer a breve história de Douglas, e o que de fato é Imperdoável."




sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Autor brasileiro de 1.500 livros tem perfil apagado no Facebook e passa mal

“Me sinto como Sandra Bullock naquele filme ‘A Rede'”, descreve o escritor R. F. Lucchetti, citando o longa de 1995 no qual a personagem da atriz tem os dados de sua vida apagados ao se envolver em uma trama de espionagem. Isso porque, recentemente, o autor teve o seu perfil no Facebook excluído pelo site e ainda não conseguiu saber qual foi o motivo. “É como se tivessem apagado a minha existência.”



Mestre brasileiro de ficção pulp e autor de mais de 1.500 livros, 300 HQs e 25 roteiros de cinema, R. F. Lucchetti foi recentemente “redescoberto” ao entrar na rede social após quase duas décadas de ostracismo. O escritor, que trabalha principalmente com os gêneros horror e policial, reencontrou fãs e se tornou ativo no Facebook, conversando, postando capas antigas de suas obras, enigmas e contos, além de relançar livros com um selo próprio criado por uma editora. No último fim de semana, uma matéria sobre Lucchetti apareceu até mesmo na capa do jornal “The New York Times”, que definiu o escritor brasileiro como “fábrica humana de ficção pulp” e “herói cult”.

A lua de mel com a internet se abalou no dia 20, quando seu perfil na rede social, que já reunia quase 4.000 seguidores, foi retirado do ar misteriosamente. Ele então criou um novo perfil, que, na noite do dia 21, também foi apagado. Com 84 anos de idade, isso deixou o escritor tão abalado, que ele teve um mal súbito e precisou ser medicado. “Eu tenho uma certa idade e problemas cardíacos, o médico pediu para evitar emoções ou fazer exercícios. Isso me pegou de repente”, contou Lucchetti, que sentiu dores no peito.

Sem entender muito de internet, Lucchetti tinha o seu perfil na rede social administrado por seu filho, Marco Aurélio Lucchetti, que tentou entrar em contato com o Facebook, mas não obteve nenhuma resposta. “Até hoje tentamos pegar uma posição de por que isso aconteceu, eles [Facebook] simplesmente não respondem nenhuma pergunta por e-mail”, disse Marco Aurélio. “Só queremos uma satisfação sobre por que o perfil foi tirado do ar. Foram muitas postagens, e consideraram SPAM? Foi pelo nome dele começar com R. F.? Aconteceu alguma denúncia por serem textos e imagens de horror? Isso pode acontecer de novo? Não sabemos nada.” Procurado pelo UOL, que entrou em contato com sua assessoria de imprensa, o Facebook respondeu que faria uma pesquisa para entender o que aconteceu, mas não informou quanto tempo isso levaria e não deu nenhuma resposta até a publicação desta reportagem.

“Foi como tirar um brinquedo de uma criança. Eu tinha algo que eu nem acreditava. Eu sou agradecido pelas manifestações de carinho que estou recebendo [pelo Facebook], mas fico sem saber o que responder. Agora estou muito abatido e tristeR.F. Lucchetti, escritor”
Com um terceiro perfil criado, Lucchetti continua usando o Facebook à sua maneira “analógica”, digitando na máquina de escrever seus contos e comentários e entregando as folhas para Marco Aurélio “passar para o computador”, mas está com medo da possibilidade de ser “apagado da rede” novamente a qualquer momento.

“Chega uma idade em que os sonhos vão acabando, e eu estava me sentindo de novo com 20 anos devido a esse novo contato com as pessoas”, falou Lucchetti, cujo terceiro perfil já recuperou 500 amigos até esta sexta-feira (24). “Foi como tirar um brinquedo de uma criança. Eu tinha algo que eu nem acreditava. Eu sou agradecido pelas manifestações de carinho que estou recebendo [pelo Facebook], mas fico sem saber o que responder. Agora estou muito abatido e triste.”

De: Uol

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Entrevista com o autor, Anton Roos

74346_549695068388596_1207982299_n
Esta semana Ricardo Haseo, entrevistou o escritor e jornalista, que reside atualmente em Luís Eduardo Magalhães, Anton Roos. Formado em Jornalismo pela FASB, em 2009 e pós-graduado em Jornalismo Digital, e lançando esse ano “A Gaveta do Alfaiate” Anton conta um pouco sobre ele, seus novos projetos e muito mais! Confira.


Ricardo HaseoPrimeiramente, quem é Anton Roos?


Anton Roos: Difícil responder uma pergunta como esta. Quem eu sou? Bom, jornalista, fã de Rush, mulheres de óculos, futebol americano, introspectivo, observador e que ama escrever. Okay, também posso ser chato, ranzinza e metódico, mas no final, meus dentes separados na frente são capazes de minimizar o aspecto durão.

Ricardo Haseo: Qual foi seu principal incentivo para ingressar no universo literário?


Anton Roos: Sempre sonhei escrever um livro. Eu não considero que tenha ingressado no universo literário. Quer ver meu livro impresso primeiro. Amo escrever e o que está nesse primeiro livro diz muito sobre o que eu sou e meu estilo na frente de um computador. Acho que depois que finalizar a etapa de lançamento desse livro, ai sim vou poder dizer que sou um escritor e até ter mais fôlego para novos projetos.

Ricardo Haseo: Como se sente em estar prestes a publicar o seu primeiro livro?


Anton Roos: Ansioso. Graças a Deus a expectativa por esse lançamento tem sido a melhor possível.

Ricardo Haseo: Fale um pouco sobre o processo criativo para dar vida a “Gaveta do Alfaiate”,conte sobre o livro.


Anton Roos: A “Gaveta do Alfaiate” não é um livro novo, é a compilação de várias crônicas que escrevi no período que fui colunista do jornal Classe A, algumas que escrevi pra Revista A, outros textos que só havia publicado em blogs e alguns textos inéditos. Na verdade volta e meia, alguém me questionava sobre essas crônicas e o porque de não publicar elas em um livro. O que fiz foi fazer uma peneira, revisar e reescrever alguns trechos. É um livro que pode ser lido aos poucos. Em cinco minutos você consegue ler uma crônica. Esse é o barato. Tenho certeza que algum dos textos que estarão no livro será importante para alguém. Se uma pessoa tiver seu dia mudado depois de ler uma crônica minha, sou um escritor realizado.

Ricardo Haseo: A internet veio a ser um excelente meio para divulgação de novos autores, como você tem se utilizado desse recurso?


Anton Roos: Eu confesso que ainda é um uso meio tímido. É aquela história quero ver o livro, sentir o livro, folhear o livro pra poder definitivamente me sentir um escritor. Criei um novo blog destinado exclusivamente a posts relacionados ao livro e a literatura, criei uma fan Page minha pra poder divulgar esse meu lado escritor. O resto acredito que virá como conseqüência, embora, admita que preciso focar mais nesse meio, já que atualmente a internet seja, talvez, a principal aliada dos escritores iniciantes.

Ricardo Haseo: Você tem novos projetos em mente?


Anton Roos: Estou escrevendo um romance. Minha vontade é estar com ele finalizado até o lançamento da gaveta. É uma experiência diferente, estou acostumado a textos de tiro curto, colocar mais profundidade num tema e personagens tem sido algo bem interessante.

Ricardo Haseo: O que você acha de essencial que um escritor deve ter?


Anton Roos: Tesão. Escritor sem tesão não é escritor. Claro, que o escritor precisa ter talento e contar com uma boa dose de sorte, mas sem tesão, sem gostar muito daquilo que está fazendo, dificilmente, alguém vai se interessar por baixar teu trabalho ou comprá-lo numa livraria.

Bernardo Carvalho e Rubem Fonseca vencem Prêmio Jabuti

Vencedores da 56ª edição da premiação de literatura foram anunciados.
Cerimônia será em 18 de novembro no Auditório Ibirapuera, em São Paulo.

Bernardo Carvalho e Rubem Fonseca (Foto: Divulgação/Companhia das Letras e AE/Guillermo Arias/AP)
O Prêmio Jabuti anunciou nesta quinta-feira (16) os vencedores da sua 56ª edição. O prêmio de literatura brasileira havia listado dez obras finalistas para cada uma das 27 categorias. A cerimônia de premiação está marcada para o dia 18 de novembro de 2014, no Auditório Ibirapuera, em São Paulo.



"Reprodução", de Bernardo Carvalho, venceu na categoria Romance. "Amálgama", de Rubem Fonseca, foi o ganhador em Contos e Crônicas. Em Poesia, o vencedor foi "Bernini - Poemas 2008-2010", de Horácio Costa; e "Getúlio - Do Governo Provisório à Ditadura do Estado Novo (1930-1945)", de Lira Neto, venceu como melhor biografia. Veja no site do Prêmio Jabuti a lista completa dos ganhadores.

O resultado foi validado pelo Conselho Curador do prêmio e pela Auditoria Parker & Randall. O júri com especialistas de cada categoria será revelado na entrega do prêmio, quando serão anunciados os Livros do Ano de Ficção e Não Ficção. A escritora e professora Marisa Lajolo assumiu a curadoria e o Conselho Curador, desde 2012, tem Antonio Carlos de Moraes Sartini, Frederico Barbosa, Luis Carlos de Menezes e Márcia Lígia Guidin.

Veja os principais ganhadores do Prêmio Jabuti:

Romance
1º Lugar - Título: Reprodução – Autor: Bernardo Carvalho – Editora: Companhia Das Letras
2º Lugar - Título: A maçã envenenada – Autor: Michel Laub – Editora: Companhia Das Letras
3º Lugar - Título: OPISANIE ŚWIATA – Autor: VERONICA STIGGER – Editora: Cosac & Naify Edições

Contos e Crônicas
1º Lugar – Título: Amálgama – Autor: Rubem Fonseca – Editora: Nova Fronteira
2º Lugar - Título: Você verá – Autor: Luiz Vilela – Editora: Editora Record
3º Lugar - Título: Nu, de botas – Autor: Antonio Prata – Editora: Companhia Das Letras
3º Lugar - Título: Um solitário à espreita – Autor: Milton Hatoum – Editora: Companhia Das Letras

Biografia
1º Lugar – Título: Getúlio – Do governo provisório à ditadura do Estado Novo (1930-1945) – Autor: Lira Neto – Editora: Companhia Das Letras
2º Lugar - Título: Wilson Baptista: o samba foi sua glória! – Autor: Rodrigo Alzuguir – Editora: Casa da Palavra
3º Lugar - Título: O castelo de papel – Autor: Mary del Priore – Editora: Editora Rocco

Poesia
1º Lugar – Título: Bernini – poemas 2008-2010 – Autor: Horácio Costa – Editora: Horácio Costa


2º Lugar - Título: Jardim das delícias – Autor: Marcus Vinicius Quiroga – Editora: Marcus Vinicius Quiroga 


3º Lugar – Título: XIMERIX – Autor: ZUCA SARDAN – Editora: Cosac & Naify Edições

De: G1